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As Bodas de Fígaro

As Bodas de Fígaro

de Beaumarchais

Esta é a comédia que serviu de base à famosa ópera de mesmo título composta por Mozart. Em tradução direta do original francês, o texto revela o domínio sofisticado que o autor tem das técnicas de dramaturgia. Personalidade contraditória, Beaumarchais viveu na Corte francesa da segunda metade do século XVIII época em que os abusos da aristocracia absolutista gestavam as condições para a eclosão do movimento revolucionário produzindo peças que se incorporaram definitivamente ao repertório da literatura teatral. As Bodas de Fígaro apresenta uma perspicaz crítica de costumes que funciona também como um vivo depoimento sobre os conflitos sociais que antecederam a Revolução… Leia mais

O Cerejal

O Cerejal

de A. P. Tchékhov

A pequena aristocracia rural russa, na sua lenta e inexorável decadência, é retratada nesta peça, considerada a obra-prima de Tchékhov no gênero que rompe com a construção convencional ao introduzir a desdramatização. Suas personagens, afundadas na trivialidade cinzenta do cotidiano, cujas vidas estão cortadas como as cerejeiras, representam o pequeno universo particular em desagregação, no qual repercute a deterioração maior, que contamina toda a Rússia. Juntamente com As Três Irmãs Tio Vânia e A Gaivota esta peça compõe o grande quarteto dramático tchekhoviano que deu ensejo para que Stanislavski posteriormente desenvolvesse seu método de… Leia mais

Credores

Credores

de August Strindberg

August Strindberg (1849-1912) escreveu mais de sessenta peças de teatro, além de romances e contos, e é considerado um renovador da literatura sueca. Credores foi escrita pelo autor numa época de grande produção artística, entre os anos de 1886 e 1890, quando escreveu cinco de suas peças mais conhecidas: Camaradas, Pai, Senhorita Júlia, A Mais Forte, além desta. Sua produção literária tem fortes traços autobiográficos, e segundo Elizabeth R. Azevedo no prefácio deste livro, a originalidade de sua obra está relacionada à modernização da forma, mais do que a novidades no enredo: a peça apresenta o tradicional triângulo amoroso, caro aos textos do realismo e naturalismo. Os conflitos e as contradições entre os três personagens são amplificados pela unidade de ação e o complexo jogo de ironia dramática que se desenrola. Esta edição conta com tradução direta do sueco feita pelo diretor Eduardo Tolentino de Araújo, em cotejo com outros… Leia mais

Crimes e Crimes

Crimes e Crimes

de August Strindberg

Considerado um dos maiores talentos de seu tempo e praticamente o antecipador dos movimentos teatrais posteriores, Strindberg conhecido como autor da peça Senhorita Júlia nasceu em Estocolmo, em 1842, de uma família burguesa, arruinada financeiramente. Os conflitos gerados por sua ascendência humilde transparecem em suas peças de características mais autobiográficas. Episódios de sua vida revelam uma grande inquietude que acaba por levá-lo aos limites da loucura. A primeira fase de sua obra foi marcada pelo naturalismo vigente na época; posteriormente, Strindberg transforma-se num homem em busca de Deus, numa espécie de cristão herético. Crimes e Crimes coloca-se justamente na fronteira dessas duas fases, justapondo a tradução mimética do real e o questionamento de uma suposta ordem racional dos… Leia mais

Dissidente

Dissidente

de Michel Vinaver

Michel Vinaver é um autor ainda inédito no Brasil em publicações ou em encenações. Este livro da coleção Em Cena apresenta pela primeira vez aos leitores brasileiros duas peças do dramaturgo francês: Dissidente e O Programa de Televisão, em tradução realizada por Catarina Sant Anna, também responsável pelo texto de apresentação Vinaver à Flor da Linguagem: Entre Heranças Vanguardistas e Brechtianas e pelas notas que acompanham o volume. Como observa a tradutora, nas peças de Vinaver vale o presente imediato e urgente, compondo uma sucessão de instantes em conexão daí a impropriedade de termos como cena ou ato em sua dramaturgia. A estrutura fragmentada das obras remete à fragmentação do cotidiano, trazendo para a cena a força do tempo presente, questão cara à dramaturgia do autor. Ao leitor, cabe enfrentar o desafio da leitura sem sinais de pontuação, à exceção das interrogações, tornando-se um receptor-criador ou o encenador do que… Leia mais

Os Encantos de Medeia

Os Encantos de Medeia

de Antônio José da Silva e Kênia Maria de Almeida Pereira

O mito grego da Medeia foi reinterpretado inúmeras vezes, desde Eurípides a Calderón de la Barca e Lope de Veja, apenas para citar alguns. Em Portugal, António José da Silva, o Judeu, criou sua versão do mito trágico, subvertendo-o: seu Os Encantos de Medeia é uma opereta cômica, analisada neste livro por Kênia Pereira, responsável pelas notas que acompanham a edição. Segundo a pesquisadora, Antônio José da Silva foi um dos poucos dramaturgos do mundo a apresentar uma Medeia lúdica e cômica. Em plena era de caça às bruxas, em um Portugal conservador e fanático, em que as mulheres eram sacrificadas por qualquer atitude de irreverência, o Judeu criou uma Medeia risível, com direito às tiradas espirituosas, uma Medeia sem filhos e que tem um final feliz, sem conhecer a punição… Leia mais

Estranho Interlúdio

Estranho Interlúdio

de Eugene O´Neill

Narrar as facetas do caráter de uma mulher em diversas fases de sua vida por meio de seus relacionamentos afetivos na condição de filha, esposa, amante e mãe é o ponto central desta peça. O Neill chamava-a de minha peça feminina e a protagonista, com seus olhos inalteravelmente misteriosos desviando a vida de três homens de sua órbita normal, desenvolve, em certa medida, o tema clássico do Eterno Feminino de Goethe. A peça rendeu ao autor seu segundo prêmio Pulitzer, seu lançamento em livro se constituiu um fenômeno editorial, e foi filmada mais de uma vez, a primeira delas em 1932. A técnica empregada envolve dois níveis de diálogo, aproximando-a do romance, especificamente, do romance de fluxo de consciência. O nível do pensamento aqui é o mais importante, de vez que vigora um questionamento da própria fala, ou da linguagem, vista no mais das vezes como falsa ou… Leia mais

A Gaivota

A Gaivota

de A. P. Tchékhov

Nesta peça, primeira grande expressão da maturidade artística do autor russo, o personagem Treplev perscruta o futuro e nos convida a sonhar “com o que se passará daqui a duzentos mil anos”. Diante da resposta de que “daqui a duzentos mil anos não se passará nada”, Treplev replica: “Pois então que nos seja mostrado esse nada”. A Gaivota foi considerada pelo próprio Tchékhov como uma comédia sobre vidas frustradas, submissas à deterioração social em que se encontrava toda a Rússia. Diante desse cenário, seus personagens oscilam entre os cultores da ilusão, ou aqueles dominados pela inércia total, enquanto outros ensaiam, ainda que timidamente, uma nova atitude diante dos tempos futuros. Depois do fracasso da primeira montagem, uma nova e bem sucedida encenação da peça realizada por Stanislavski e Nemirovitch Dantchenko trouxe para o autor o reconhecimento que sua dramaturgia… Leia mais

Ivánov

Ivánov

de A. P. Tchékhov

Responsável por uma verdadeira subversão na estrutura tradicional da narrativa de ficção do século XIX, Tchékhov também se consagrou como dramaturgo, inovando a arte teatral, o que se verifica em particular na forma de construção das personagens. Encenada pela primeira vez em 1887, Ivánov é ainda uma peça atual, ao tratar, de modo peculiar, do tédio que sufoca os últimos anos da Rússia czarista. Embora seja praticamente a estréia de Tchékhov como dramaturgo, já se apresentam aqui os seus ingredientes característicos, como o jogo psicológico oculto nos diálogos, o subtexto rico de significações e as pausas e os vazios inesperados, numa articulação peculiar daquilo que se convencionou chamar de teatro de atmosfera… Leia mais

O Enxerto/ O Homem, a Besta e a Virtude

O Enxerto/ O Homem, a Besta e a Virtude

de Luigi Pirandello

Estas duas comédias de costumes, além da data em que foram apresentadas por seu autor em Milão (1919), têm em comum outra característica: o erotismo. Se de forma velada e estilizada na primeira e de forma direta (e hilariante) na segunda, isso o leitor poderá avaliar, o que importa é que esse traço acaba contagiando a ambiência da peça inteira. Em O Homem, a Besta e a Virtude, Pirandello, utilizando uma linguagem de farsa, ataca uma série de hábitos e preconceitos da Itália burguesa de sua época, em particular os das relações sociais entre os sexos. O mesmo se dá em O Enxerto, mas neste o tom erótico, velado, é outro e o registro das falas, mais contido. Trata-se da subordinação de uma mulher a seu marido, a qual, apesar disso, possui uma margem de direitos e de crescimento interior. Com sua lógica de paradoxos, mais do que a de um devir natural, Pirandello despede-se nessas comédias dos ecos ainda românticos do vaudeville e passa do realismo verista àquilo que chama de… Leia mais

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