A pergunta sobre como o homem se adapta tem sido respondida sempre por meio de abordagens unilaterais: ou uma pesquisa ecológica/biológica, ou uma visão puramente sociocultural. Esse estudo pioneiro de Emilio Moran é um dos poucos a responder à questão de forma interdisciplinar e sem perda de especificidade. A abordagem do tema da adaptabilidade humana integra descobertas da ecologia, da fisiologia, da geografia e da antropologia social e cultural. Esta segunda edição brasileira de Adaptabilidade Humana, correspondente à terceira edição em inglês, segue o formato das anteriores, mas o texto foi totalmente atualizado e revisado, com diversas novidades. Traz ainda a mais completa bibliografia sobre antropologia ecológica já publicada e um glossário de termos técnicos, tornando-a, também, uma obra de referência indispensável para profissionais da área e… Leia mais
Antigos Cultos de Mistério marca um desvio fundamental na história dos estudos modernos sobre religião e filosofia gregas. Reparando erros do passado e propondo uma nova forma de vislumbrar os cultos pagãos, Burkert tenta recuperar a especificidade dos mistérios antigos especificidade esquecida pela historiografia tradicional. Demonstrando uma “fenomenologia comparativa dos mistérios antigos”, o autor descortina não apenas a singularidade dos cultos de mistério, mas também as práticas subterrâneas que o sincretismo pagão fazia pulsar nas catacumbas da luminosa civilização… Leia mais
É inegável que, como as demais espécies, a nossa apresenta singularidades. Os últimos desenvolvimentos da biologia evolutiva têm enfatizado que os padrões de evolução das espécies estão contidos nos princípios da ecologia, que estruturam as relações entre indivíduos, populações e seus ambientes. Este livro, que se tornou um clássico desde sua publicação no exterior, em 1987, sintetiza o processo de hominização sob o ponto de vista da ecologia evolutiva e inova ao considerar as singularidades da espécie, não assumidas a priori, mas à medida que vão emergindo dos contextos socioecológicos nos quais viveram nossos ancestrais rejeitando, dessa forma, a autoridade exclusiva dos fósseis na explanação da evolução… Leia mais
Apoiando-se nos fundamentos teóricos de Émile Durkheim e Ludwik Fleck, para os quais a verdadeira solidariedade só é possível quando os indivíduos compartilham categorias de pensamento, a autora empenha-se em esclarecer como o pensamento depende das instituições e discutir temas como solidariedade e cooperação. A escolha teórica é deliberadamente polêmica, visto que contradiz os axiomas básicos do comportamento racional, segundo os quais cada pensador é considerado como um indivíduo soberano. Mary Douglas investiga diferentes sociedades e comunidades e suas relações com as instituições, concluindo que os indivíduos compartilham seus pensamentos e harmonizam suas preferências, mas são as instituições que determinam a tomada das grandes… Leia mais
Dirigido a biólogos, médicos, físicos e matemáticos, essa publicação trata das aplicações da matemática ao estudo dos ritmos fisiológicos normais e patológicos. Importante contribuição para a literatura do caos em sistemas biológicos, analisa os ritmos biológicos a partir de uma perspectiva teórica. Os modelos matemáticos, aproximações simplificadas dos fenômenos em tela, ao lado de muitos exemplos biológicos selecionados, tornam o texto compreensível mesmo para aqueles que não estão familiarizados com a aplicação da matemática ao estudo dos sistemas… Leia mais
Em Escravidão e Morte Social, Orlando Patterson busca compreender a escravidão pela definição e análise de sua natureza e dinâmica e das estruturas que a sustentavam. O autor faz um estudo comparativo entre sociedades com escravos, em diferentes lugares e épocas, e fala de suas relações de poder internas e dos modos de aquisição e libertação de escravos, demonstrando a forte ligação entre escravidão e liberdade. A noção de propriedade do escravo se desenvolve concomitantemente à prática da escravidão, sendo os seres humanos transformados em propriedade na medida em que vivenciam a "morte social". Elementos constitutivos da relação escravista são a impotência do escravo, derivada da concepção de que a escravidão é uma substituta da morte; e o desarraigamento do escravo da localidade e da sociedade em que nasceu, tornando-o uma "pessoa socialmente morta", desvinculada de qualquer ordem social… Leia mais
A estrutura da matéria é contínua ou descontínua? A questão sempre intrigou o homem, e uma das respostas vem dos antigos gregos que, adotando a segunda alternativa, acreditavam que a matéria era formada por partículas distintas e enumeráveis a que denominaram átomos. Este livro é dedicado aos aspectos básicos da estrutura da matéria nas suas diferentes formas, com o objetivo de atender a um público bastante amplo, de estudantes a especialistas, com especial atenção aos professores do ensino médio, para facilitar o acesso às noções gerais mais fundamentais. Pela descrição de modelos hoje admitidos e constantemente utilizados por físicos e químicos, este livro desenvolve o tema de forma a ensinar o essencial sobre estruturas ordenadas e desordenadas, apontando o interesse que esse conhecimento apresenta, na escala molecular, para as múltiplas técnicas elaboradas pelo… Leia mais
Primeira obra de Schoenberg traduzida no Brasil, este livro foi originalmente pensado e organizado entre 1937 e 1948, a partir da experiência do autor com estudantes universitários nos Estados Unidos. É o terceiro dos grandes tratados didáticos de teoria e prática que escreveu, e sua edição final, a partir de versões preliminares deixadas pelo compositor, foi feita em 1965 por seu colaborador Gerald Strang. A parte I é dedicada à fundamentação teórica do que poderíamos denominar de “sintaxe musical”; a segunda e a terceira constituem os fundamentos de aplicação da análise, tanto das pequenas formas, quanto das grandes. Apesar de possuírem um certo grau de independência, seus conteúdos se interpenetram de maneira profunda e consistente. O mérito principal de Fundamentos da Composição Musical é o de abordar, didática e profundamente, um repertório básico destinado a todos os estudiosos e interessados em… Leia mais
Dialogando com as obras de Hobbes, Hegel e Rousseau, Louis Dumont desafia o que considera “nossa aversão à hierarquia”, conceito que não pode ser definido apenas como uma cadeia de ordens superpostas ou de seres de dignidade decrescente. O autor entende a hierarquia como uma relação de identidade e também de distinção e oposição que existe entre um todo e um elemento que o integra. A hierarquia constitui uma necessidade universal que se manifesta de algum modo, mesmo que sob formas ocultas ou patológicas em relação aos ideais em vigência. Baseia sua análise em estudo sobre a origem, a estrutura e o funcionamento do sistema de castas da Índia antiga para compreender a questão da hierarquia e da igualdade no mundo moderno, e discute também o impacto do domínio britânico sobre a sociedade de castas, tentando definir nação como um conceito… Leia mais
A região estudada por Peter Rivière localiza-se no nordeste da América do Sul, estendendo-se pelo Brasil, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa, e é habitada por diversos povos, como aparais, wayanas, tiriyos, waiwais, uapixanas, makuxis, pemons, akawaios, yekuanas, piaroas e caribes. Partindo da análise da aldeia, entendida como manifestação geográfica e física da ordem, o antropólogo examina-a por meio do método comparativo, buscando inicialmente os traços invariáveis, para investigar as categorias constituintes desse tipo de sociedade, os relacionamentos entre as categorias mais importantes, a estrutura política interna das aldeias, bem como o papel do indivíduo e os problemas de continuidade social. A pesquisa de Rivière contribui para o inventário etnográfico daqueles povos, identificando os elementos essenciais de sua organização social e acompanhando suas… Leia mais
Aproximadamente um quarto da população brasileira está acima do peso, e estudos indicam que a causa é o crescimento da oferta de produtos de baixa qualidade