A apresentação do quadro "Independência ou Morte!", de Pedro Américo, lado a lado com seu texto explicativo "O Brado do Ipiranga" aponta para um aspecto pouco estudado dessa famosa obra: sua relação essencial com a palavra. O pequeno documento, que integra o acervo do Museu Paulista, traz a explicitação da visão de história do artista, sua interpretação dos fatos, sua confiança no poder narrativo da imagem e seu método de tradução da palavra escrita em pintura. A transcrição do texto vem acompanhada de reproduções fac-similares de estudos realizados por Pedro Américo para a composição da pintura. A edição inclui ainda ensaios que estudam as relações entre o artista, a tradição acadêmica e a política no final do Império e início da República, contribuindo, assim, para a discussão das representações sedimentadas pela história… Leia mais
Dedicando-se ao estudo de vasilhames de cerâmica provenientes de ampla área do território brasileiro, de Santarém ao rio Xingu, Denise Cavalcante Gomes faz aqui um verdadeiro trabalho de reescavação do passado. Seu trabalho não se resume ao esforço sistemático de catalogação de vestígios materiais. Além de levantar hipóteses relativas à cronologia e ao desenvolvimento cultural da região Tapajós-Trombetas, a autora retoma questões teóricas de relevância, colocando-as sob nova luz e propondo a revisão de determinadas categorias classificatórias, com base em um corpus de mais de mil peças, do qual foram elaborados quadros sintéticos acompanhados de ilustrações. O livro inclui um catálogo com reproduções de 160 peças representativas da coleção… Leia mais
A coleção de objetos pessoais que inspira este livro começou a ser formada, há mais de trinta anos, quando o autor adquiriu seu primeiro ferro de passar roupas um modelo alemão, de marca L. Schroder. Durante as três décadas seguintes, ele continuou acrescentando exemplares de várias procedências, marcas, tipos. Cresceu também seu interesse por esses objetos domésticos, relegados a um plano secundário na historiografia brasileira, o que o levou a empreender a presente pesquisa, que ilustra um pouco de nossos costumes. Fernando Lemos apresenta a história do ferro de passar, discorrendo sobre a evolução dos modelos e tipos, a história dos principais fabricantes e sua contextualização histórica, ao lado de vasta bibliografia para os interessados em aprofundar seus conhecimentos. O livro é ricamente ilustrado com reproduções de exemplares de sua… Leia mais
Em 18 de abril de 1923, foi inaugurado o Museu Republicano "Convenção de Itu" no antigo casarão da família Almeida Prado, comprado por membros do Partido Republicano Paulista (PRP) com esse objetivo. A responsabilidade por sua organização foi entregue ao diretor do Museu Paulista, Affonso d´Escragnolle Taunay. A análise de documentos institucionais, tais como os registros fotográficos dos espaços internos e a extensa correspondência da diretoria, permitiu a Mariana Esteves Martins compreender o processo de aquisição de objetos, ocupação e remodelação das salas do antigo casarão oitocentista que abrigou os convencionais de Itu em 1873, bem como as relações estabelecidas com governantes, doadores e artistas. Mais que narrar um processo de formação institucional, a pesquisa buscou examinar as noções de passado, de acervo e de exposição adotadas em um dos primeiros museus históricos de nosso… Leia mais
Na primeira metade do século XX instalaram-se na cidade de São Paulo e região vários estabelecimentos produtores de faianças e porcelanas para uso doméstico. Situadas na capital, no ABC e em Osasco, essas fábricas seguiram as tendências da industrialização paulista: associação entre a técnica estrangeira e o capital nacional, fixação das unidades fabris nas proximidades das ferrovias. Utilizando-se de técnicas, motivos decorativos, formas e funções diversas, os artigos produzidos documentam parte da trajetória desse ramo industrial. Este livro analisa a história de doze fábricas e sua produção, contendo mais de 200 imagens de diversas peças jarras, vasos, pratos, objetos de decoração etc. As fontes da pesquisa foram os acervos institucionais do Museu Paulista, Museu Barão de Mauá e Museu Histórico Municipal de São Caetano, principalmente, e representam importante documentação para a história da cultura… Leia mais
Fundado em 1923, o Museu Republicano foi se convertendo, de memorial da República e guardião de coleções de presidentes brasileiros e das memórias dos ituanos, em um espaço de produção do conhecimento histórico a partir de problemas atinentes às mudanças sociais. Este livro é um convite ao conhecimento da instituição e sua trajetória por meio das peças de seus múltiplos acervos, como os objetos ligados à história social de Itu e à vida de diferentes segmentos sociais e agentes que habitaram na região do vale do Tietê. Cerâmicas, ferramentas de trabalho, objetos decorativos, móveis, pinturas, manuscritos, fotografias, cartões-postais, cardápios e muitos outros suportes da vida paulista e brasileira são apresentados neste volume, rememorando os 100 anos do… Leia mais
O Museu Republicano Convenção de Itu foi inaugurado em 18 de abril de 1923 e está localizado num antigo sobrado onde residiu a família Almeida Prado. Seu saguão de entrada foi decorado por painéis de azulejos que representam episódios da história da cidade de Itu, de São Paulo e do país. Neste livro, Jonas Soares de Souza nos apresenta a história desses painéis, em edição ricamente ilustrada e comentada. Os painéis foram produzidos pelo artista Antônio Luiz Gagni, mostrando cenas e personagens da História importantes para a memória nacional, na avaliação de Affonso d Escragnolle Taunay, fundador e diretor do Museu Republicano, entre 1923 e 1946, tais como o movimento bandeirista, a participação de ituanos e paulistas no processo de Independência e na construção da… Leia mais
Os viajantes europeus em seus relatos de viagens ao Novo Mundo contavam sobre seres fantásticos que habitavam as terras recém-descobertas. Uma rica iconografia é reproduzida e analisada neste documentário precioso, que trata de uma “zoologia fantástica” brasileira, presente nos relatos daqueles viajantes que percorreram o Brasil nos séculos XVI e XVII. Ao apontar as influências fantásticas do bestiário da Antigüidade e da Idade Média nos relatos dos viajantes coloniais brasileiros, Taunay expõe o assombro do olhar estrangeiro diante de uma fauna exuberante e diversificada que provocou a construção de um novo imaginário. A Taunay pareceu interessante expor as crendices zoológicas correntes na Europa dos descobrimentos marítimos, ainda que acredite ter ficado incompleta sua pesquisa. A leitura do livro mostra, entretanto, que este é um trabalho único na bibliografia… Leia mais
Aproximadamente um quarto da população brasileira está acima do peso, e estudos indicam que a causa é o crescimento da oferta de produtos de baixa qualidade