Assunto
Antropologia

Adaptabilidade Humana
A pergunta sobre como o homem se adapta tem sido respondida sempre por meio de abordagens unilaterais: ou uma pesquisa ecológica/biológica, ou uma visão puramente sociocultural. Esse estudo pioneiro de Emilio Moran é um dos poucos a responder à questão de forma interdisciplinar e sem perda de especificidade. A abordagem do tema da adaptabilidade humana integra descobertas da ecologia, da fisiologia, da geografia e da antropologia social e cultural. Esta segunda edição brasileira de Adaptabilidade Humana, correspondente à terceira edição em inglês, segue o formato das anteriores, mas o texto foi totalmente atualizado e revisado, com diversas novidades. Traz ainda a mais completa bibliografia sobre antropologia ecológica já publicada e um glossário de termos técnicos, tornando-a, também, uma obra de referência indispensável para profissionais da área e… Leia mais

O Antropólogo e sua Magia
Na definição da antropologia como ciência da alteridade ou da crítica cultural, o trabalho de campo desempenha papel fundamental. Determinados aspectos do trabalho de campo são analisados aqui, enfocando principalmente a relação observador-observado tal como se apresenta nos depoimentos de antropólogos e não especialistas entrevistados. O autor investiga a produção dos textos etnográficos e sua recepção entre os grupos pesquisados, colocando em questão os limites entre observação e participação. O destaque é dado especialmente às comunidades religiosas afro-brasileiras e às transformações ou legitimações das tradições religiosas decorrentes do contato entre o universo da academia e o dos… Leia mais

Apapaatai
Apapaatai são seres-espíritos. Muito comuns no Alto Xingu, seu número excede o de homens nesse recanto da Amazônia brasileira, segundo a comunidade Wauja de Piyulaga. São entes imortais, remanescentes de tempos antiquíssimos, quando todas as criaturas, incluindo os primeiros ancestrais proto-humanos, viviam juntos e interagiam diretamente o tempo dos apapaatai. A maioria é constituída por espíritos animais, como os jaguares, os peixes, as tartarugas, as rãs e os pássaros, embora geralmente sejam maiores e mais ferozes. Neste trabalho, Aristóteles Barcelos Neto nos apresenta a esses seres notáveis e às suas complexas relações com os humanos, particularmente por via da doença e do xamanismo (cura) e da produção cultural associada ao ritual público. Sobretudo, ele nos incita a nós, estudiosos ocidentais a levar os apapaatai a sério, a refletir sobre as relações e os pontos de vista mutuamente constitutivos dos Wauja e dos variados seres não humanos que são partes cruciais do seu universo… Leia mais

Ardis da Arte
Ardis da Arte realiza uma investigação ao mesmo tempo etnográfica, comparativa e teórica sobre imagens e artefatos rituais na Amazônia indígena. Fruto de uma longa experiência de campo, o livro mergulha em um exercício de teorização indutiva para abordar temas mais amplos na antropologia e na história da arte, tais como a relação entre pessoas e coisas, ontologia e animismo, estética e pragmática, e muitas outras questões. O objetivo principal da obra é estudar empiricamente a articulação entre as convenções formais e os mecanismos pragmáticos por meio dos quais imagens ameríndias se tornam eficazes e gestam seres extraordinários: humanos que viram jaguares, bastões que se tornam espíritos, artefatos que falam. O livro percorre um extenso território etnográfico e conceitual, navegando entre objetos, imagens e ações, recorrendo a discussões teóricas contemporâneas e sobretudo a descrições etnográficas densas, numa teia comparativa ameríndia que vai do Alasca ao Chaco.Confira entrevista com o… Leia mais

Arquiteturas Religiosas e a Construção da Esfera Pública
Os projetos de implantação de megaedificações religiosas no espaço urbano contemporâneo importam a todos aqueles que vivenciam e circulam pelas cidades, já que intervêm no fluxo das pessoas e produzem centralidades urbanas em torno de marcadores religiosos. Este livro, resultado de meticulosa pesquisa empírica e histórica, se propõe a desvendar os conflitos, os interesses religiosos e políticos, as linguagens comunicacionais e as performances que dão forma a esses empreendimentos. São analisados cinco casos distintos dessas construções religiosas no Brasil, escolhidas em razão de sua dimensão ou importância na produção de centralidades urbanas a catedral da Sé, o templo de Salomão, o santuário católico Mãe de Deus, a Mesquita Branca e a Catedral de Guadalupe visando comparar os modos de organizar o espaço público e produzir… Leia mais

Através do MBaraka
Não há possibilidade de vida na terra se os Guaranis não estiverem cantando e dançando, dizem os índios sobre seu rito. Por isso, eles o realizam todas as noites, assim como o Sol o faz todos os dias, mantendo a musicalidade do mundo, isto é, curando-o. Este livro tem como tema central a música dos índios Guaranis, e como pano de fundo a música das sociedades indígenas das terras baixas da América do Sul. A música é abordada em suas conexões mitocosmológicas e filosóficas, levando em conta as suas relações com o xamanismo, a dança e a poesia. O trabalho de campo envolveu os kaiovás, nhandevas e mbyás, com o objetivo de realizar uma etnografia da música Guarani, descrevendo suas estruturas musicais e os aspectos de uma teoria musical nativa. A pesquisa revela a importância da música nas culturas ameríndias tropicais, especialmente no plano ritual, somando-se ao conjunto ainda pequeno de estudos sobre a… Leia mais

Bixiga em Artes e Ofícios
Como as artes e ofícios expressam diferentes modos de ser e estar no Bixiga, foi a inquietação que norteou a observação e o registro realizado nas oficinas promovidas pelo CPC USP na Casa de Dona Yayá. A singularidade do projeto foi a pesquisa colaborativa, em que os pesquisadores são moradores, frequentadores e trabalhadores do bairro interessados em produzir impressões por meio do convívio com artesãos e artistas da localidade. O livro reúne os materiais produzidos durante as oficinas de fotografia, vídeo, cartografia e etnografia, promovidas em meio à comunidade desse tradicional bairro da capital paulista. Os materiais foram reunidos pela primeira vez na exposição Bixiga em Artes e Ofícios, e no mapa colaborativo dos fazeres de artesãos e artistas do bairro, composto por imagens, sons e textos produzidos durante o projeto e que se encontra disponível na Internet. O livro conta ainda com a colaboração de pesquisadores convidados, que trazem reflexões acerca do bairro, do tema, das práticas e de seus… Leia mais

Caipiras Negros no Vale do Ribeira
Sítio arqueológico da história da escravidão negra brasileira, o bairro rural de Ivaporunduva, localizado no Vale do Ribeira de Iguape, interior paulista, é considerado hoje uma comunidade remanescente de quilombos formados entre os séculos XVII e XVIII. Num movimento de resistência, os habitantes isolaram-se no local para fugir da discriminação e evitar a desagregação do grupo que permaneceu pobre e anônimo. Recentes incentivos para o desenvolvimento da região não conseguiram acabar com a precariedade das condições de vida da comunidade de caipiras negros e com as diferenças de classe significativas no vale. Neste livro, Renato da Silva Queiroz apresenta, com rigor e precisão, um estudo da situação socioeconômica desse grupo formado majoritariamente por negros católicos, preenchendo a lacuna bibliográfica provocada pela quase ausência de trabalhos acadêmicos sobre a população negra brasileira em ambiente… Leia mais

O Candomblé
Contraponto crítico às leituras precedentes dos cultos de possessão afro-brasileiros, esta obra privilegia os contornos e as margens do candomblé que, estudado no contexto da cidade de São Paulo, se acha já na periferia de uma ortodoxia construída na Bahia. Distanciando-se dos discursos autorizados Carmen Opipari dedica uma atenção particular às vozes e olhares menores que forjam no cotidiano esse todo fundamental da cultura brasileira. Também sublinha o papel desempenhado pelos clientes no funcionamento nas Casas de culto, valoriza a polissemia de alguns conceitos centrais do candomblé, aborda as experiências de transe vividas pelas crianças em suas brincadeiras etc. A autora procura assim afastar-se de uma perspectiva que tende a erigir o candomblé em um sistema fechado e homogêneo, procurando colocar em evidência as definições de seu contorno operadas constantemente por seus… Leia mais

Casas e Coisas
O quinto volume da coleção Museu do Ipiranga tem como foco os estudos que envolvem a aquisição de objetos da cultura material para o Museu, tratando também do colecionismo. Para Vânia Carneiro de Carvalho, "as 'coisas materiais', consideradas imprescindíveis para as ações humanas e para a produção de sentidos, permitiram que o foco do Museu passasse a ser os fenômenos da vida cotidiana e da vida simbólica de amplos setores sociais". Os nove artigos do volume oferecem um breve histórico do acervo do Museu ao longo de sua história, evidenciando diferentes momentos nas pesquisas que são desenvolvidas na Instituição. A coleção Museu do Ipiranga compreende um conjunto de publicações elaboradas pela equipe do Museu Paulista da Universidade de São Paulo por ocasião da reabertura do Museu e inauguração das novas… Leia mais
Eventos
Lançamento: Cotidiano Conjunto
Parte da Jornada do Patrimônio 2025, o lançamento de "Cotidiano Conjunto" contará com uma mesa redonda com a autora, Flávia Brito do Nascimento, Raquel Schenkman e Sabrina Fontenele.