A política externa brasileira, na Era Vargas, moveu-se de uma "equidistância pragmática" com os demais países para um alinhamento progressivo com a posição norte-americana. A partir de 1945, porém, com o fim da Segunda Guerra e a queda de Getúlio, em outubro, havia uma nova conjuntura. A política do governo de Eurico Gaspar Dutra, eleito em dezembro, parecia seguir a abordagem anterior, mas teve implementação bastante diversa: enquanto com Vargas o alinhamento era um instrumento, com Dutra ele se tornou o objetivo da política em si. A análise de Gerson Moura, publicada como um relatório de pesquisa em 1990 e inédita como livro, reconstitui a política externa e as relações internacionais brasileiras no período de 1946 a 1950, marcado pelo desgaste da ilusão de reciprocidade em relação às grandes potências ocidentais do pós-guerra, lideradas pelos Estados Unidos.
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Fábio Morales analisa neste livro a questão dos estrangeiros residentes na polis ateniense no final do século V e início do IV a.C, debruçando-se sobre os discursos de Lísias, um meteco domiciliado que defendeu a democracia ateniense mesmo não sendo cidadão. O autor propõe pensar a exclusão e a política a partir de um ponto de vista meteco, por meio da análise do chamado Corpus Lysiacum, que compreende uma série de discursos atribuídos a Lísias que foram preservados ao longo dos séculos. Para Maria Beatriz Borba Florenzano, o autor demonstra neste livro os lugares possíveis da política em que os metecos podiam agir e influenciar em decisões e caminhos para a cidade que compartilhavam com os cidadãos. Explorando as sutilezas dos discursos do logógrafo Lísias, o autor esclarece as contradições que dão tanto tempero a essa que foi uma das maiores cidades do mundo grego… Leia mais
Pesquisadores de diferentes países tratam das relações entre confiança e democracia, em especial, dos efeitos e das implicações que a desconfiança em instituições públicas tem sobre a qualidade do regime nos países de democracia recente, como o Brasil, Espanha, Coreia do Sul e México. A confiança envolve a expectativa na capacidade de a democracia realizar interesses e preferências dos cidadãos, mas a desconfiança gera descrença e compromete a noção de que o regime existe para garantir direitos de cidadania. Os artigos oferecem uma alternativa para o estudo do papel da confiança e da desconfiança políticas nos processos contemporâneos de democratização e revelam a predominância de fatores políticos e culturais para explicar a sua ocorrência. As análises apresentadas se basearam em pesquisas de opinião realizadas nesses países, e permitiram inferir algumas conclusões preliminares, apontadas no último capítulo do… Leia mais
O Dicionário da Independência do Brasil reúne a contribuição de mais de 200 autores e autoras de dezenas de instituições brasileiras e estrangeiras com o objetivo de reunir e expor os conhecimentos atuais das pesquisas sobre a Independência. Para os organizadores, o ponto de partida é a compreensão de que a Independência é sobretudo tema da política, em uma perspectiva que envolve a cultura, a economia, as formas de pensar e as relações sociais; não se restringindo a datas, acontecimentos ou atores específicos, e sim abarcando processos, instituições, linguagens, conceitos, narrativas, artefatos e memórias. Mais que uma visão única, o livro apresenta um grande caleidoscópio de referências, informações e interpretações cuja amplitude corresponde à própria diversidade de autores e autoras que colaboraram em sua… Leia mais
Esta segunda edição revista e ampliada de Dinâmica Estocástica e Irreversibilidade é importante contribuição para o avanço da mecânica estatística de não equilíbrio e da teoria dos processos irreversíveis. No livro, os autores introduzem os elementos fundamentais da teoria das probabilidades e dos processos estocásticos, progredindo em direção a tópicos mais avançados. Resultado de uma pesquisa sistemática na área, o livro abrange os fundamentos da teoria dos fenômenos aleatórios, os processos estocásticos markovianos e tópicos mais avançados da disciplina, dirigidos a interessados no campo interdisciplinar dos fenômenos irreversíveis, incluídos os famosos autômatos celulares probabilísticos e sistemas governados por equações mestras. Destacam-se ainda as transições de fase e o comportamento crítico dos modelos… Leia mais
Rogério Paes Henriques interpreta o caso Schreber por meio de uma análise comparativa e intertextual envolvendo as Memórias de um Doente dos Nervos (1903), de Daniel Paul Schreber, e os trabalhos de Karl Abraham a respeito da psicose, partindo da ideia de que o texto freudiano só pode ser plenamente compreendido em seu diálogo com o contexto histórico da época em que foi redigido. Para tal, recorre à vertente da teoria literária contemporânea conhecida como novo historicismo, tendo em vista o resgate da historicidade da produção freudiana. A abordagem proposta situa o trabalho na interseção entre a psicanálise, a crítica literária e a história das ideias, definindo-se, em termos metodológicos, com base nessa tripla perspectiva. O autor dialoga com a literatura disponível sobre o caso Schreber, com ênfase em sua releitura lacaniana, e apresenta sua contribuição: mostrar na narrativa de Freud as características (paranoicas) às quais ele mesmo se dedicava naquela época, tentando extraí-las de… Leia mais
Introdução à Cosmologia apresenta um primeiro contato com um dos ramos mais dinâmicos da ciência contemporânea: a cosmologia. O texto foi elaborado com base no curso Introdução à Cosmologia, oferecido pelo IAG-USP aos alunos de graduação das áreas de ciências exatas. A maior parte das deduções é apresentada de forma heurística, enfatizando as aplicações das teorias da física moderna no estudo da cosmologia. Ao final de cada capítulo são indicadas as referências bibliográficas de estudos importantes para o tema tratado, acrescidas de comentários do autor, e problemas a serem resolvidos. Inicialmente, são discutidas as raízes da cosmologia atual e suas relações com o pensamento científico e filosófico, e o modelo cosmológico newtoniano. A seguir, alguns temas analisados são: O Universo em Expansão, Cosmologia e Relatividade Geral, Big Bang, A Inflação, O Desacoplamento Matéria-Radiação, a Formação das Estruturas, A Constante Cosmologia e a Energia… Leia mais
João do Rio, nosso principal cronista da belle époque carioca, foi um escritor que experimentou o sucesso em vida e que, ao contrário de muitos dos seus contemporâneos, sobreviveu à passagem do tempo. É bastante conhecido do público pelas suas crônicas, romances, contos e peças, nos quais a qualidade estética alia-se à do cronista da vida literária brasileira nas primeiras décadas do século XX. Neste livro, temos contato com sua faceta menos conhecida: a de crítico teatral, ou comentarista teatral, como preferia ser chamado. Níobe Peixoto desenvolveu extensa pesquisa em vários jornais, muitos deles em lastimável estado de conservação, e nos apresenta as crônicas que o autor publicou na Gazeta de Notícias entre 1907 e 1915. Em suas crônicas, João do Rio teceu comentários sobre as encenações, atores, autores, textos dramáticos, e diversos acontecimentos do meio teatral de sua época, incluindo observações sobre o comportamento do público, traçando um rico painel do… Leia mais
Contando com sua experiência de vários anos ministrando cursos sobre o tema, o autor elaborou este livro destinado aos cursos de pós-graduação em Mecânica Quântica. Inicia o volume apresentando as principais teorias clássicas, como as de Einstein e Bohr, Heisenberg, Born e Jordan e a hipótese de Planck. As técnicas de aproximação básica utilizadas em aplicações correntes da teoria e sua ilustração através dos problemas clássicos da estrutura atômica são desenvolvidos a seguir. Os capítulos finais abordam tópicos de uso geral, dependentes de maior aparato técnico, acompanhados de uma introdução à mecânica quântica relativística. Todos os capítulos são acompanhados de uma coleção de exercícios e de referências bibliográficas… Leia mais
Memórias da Independência reúne textos de 16 pesquisadores do Museu do Ipiranga sobre a exposição de mesmo nome, cujo eixo principal está organizado nos módulos 1822, 1872 (cinquentenário), 1922 (centenário), 1972 (sesquicentenário) e 2022 (bicentenário). Paulo César Garcez Marins indica que a exposição aborda diversas práticas de comemoração da criação do estado brasileiro, realizadas desde a década de 1820 em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador; não foram as únicas, mas foram e são certamente as que receberam os maiores esforços públicos e estatais de consagração memorial, complementa. Um segundo eixo temático da exposição, "Outros Centenários", focaliza os processos históricos de rememoração de outras independências, que ocorreram no que hoje é o território brasileiro: imagens e objetos produzidos em decorrência dos centenários da Revolução Pernambucana de 1817, da Confederação do Equador de 1824 e também da Revolução… Leia mais
De 10 a 12 de setembro, a Edusp estará na 2ª Festa do Livro da UnB no Campus Darcy Ribeiro. O evento terá uma programação cultural que incluirá lançamentos, palestras e uma mesa redonda com o ...
Aproximadamente um quarto da população brasileira está acima do peso, e estudos indicam que a causa é o crescimento da oferta de produtos de baixa qualidade