Livros

Trabalhando como professor e arranjador do Coral USP desde sua fundação, em 1967, Damiano Cozzella produziu cerca de trezentos arranjos em um período de quarenta anos, a maioria de música popular brasileira. Este volume, organizado por Alberto Cunha, traz uma compilação desses arranjos a cappella e com acompanhamento instrumental nos quais Cozzella traduz sambas, choros, marchinhas carnavalescas, canções da bossa nova e MPB, entre outras, para o idioma coral. Além de apresentar parte da produção artística de um dos maiores músicos da USP, que rompe barreiras entre o erudito e o popular desde os anos de 1960, o livro também é, segundo Marcelo de Andrade Romero, um meio de compartilhar com a sociedade parte significativa da produção artística do Coral USP, laboratório do trabalho de Cozzella que permitiu a ele que desenvolvesse intensamente seus… Leia mais

Este livro reúne 37 entrevistas com personalidades do universo cultural originalmente publicadas nos periódicos D.O. Leitura e Teoria e Debate agrupadas em torno de cinco eixos: artes cênicas, música, artes visuais, literatura, cultura e livros. O conjunto compõe um valioso material para a reflexão sobre a prática artística e literária no contexto da transição do século XX para o XXI. Os entrevistados são: Augusto Boal, Antonio Nóbrega, Anne Villacèque, Mestre Dito de Cotia, Régis Duprat, Roberto Minczuk, Grupo Cachuera!, Francisco Brennand, Emanoel Araujo, Maria Bonomi, Donaldo Schüler, Pedro Nava, Curt Meyer-Clason, Carlito Azevedo, Alcides Villaça, Mário da Silva Brito, Joaquim Inojosa, Hilda Hilst, Haroldo de Campos, Ana Maria Machado, Millôr Fernandes, José Mindlin, Edson Nery da Fonseca, Eduardo Portella, Rachel Valença, Antonio Candido, Francisco Weffort, Pedro Paulo Poppovic, Fernando A. Novais, Danilo Miranda, Geraldo Prado, Ferdinando Bastos de Souza, Marilena Chaui, Michel Riaudel, Sárka Grauová e Telê Ancona… Leia mais

Não há possibilidade de vida na terra se os Guaranis não estiverem cantando e dançando, dizem os índios sobre seu rito. Por isso, eles o realizam todas as noites, assim como o Sol o faz todos os dias, mantendo a musicalidade do mundo, isto é, curando-o. Este livro tem como tema central a música dos índios Guaranis, e como pano de fundo a música das sociedades indígenas das terras baixas da América do Sul. A música é abordada em suas conexões mitocosmológicas e filosóficas, levando em conta as suas relações com o xamanismo, a dança e a poesia. O trabalho de campo envolveu os kaiovás, nhandevas e mbyás, com o objetivo de realizar uma etnografia da música Guarani, descrevendo suas estruturas musicais e os aspectos de uma teoria musical nativa. A pesquisa revela a importância da música nas culturas ameríndias tropicais, especialmente no plano ritual, somando-se ao conjunto ainda pequeno de estudos sobre a… Leia mais

Um dos mais importantes compositores da música contemporânea brasileira, Willy Corrêa de Oliveira reúne neste trabalho cinco cadernos. Abrindo-se para além dos limites de suas encadernações, eles abrigam notas, registros urgentes e apontamentos variados em torno da impossibilidade de se praticar música erudita como linguagem no mundo capitalista. Quatro deles foram escritos há cerca de vinte anos: o "Caderno do Princípio e do Fim" serve tanto de introdução como de conclusão dos demais; o "Caderno de Biografia" busca traçar três variações biográficas da profissão de compositor na atualidade; o "Caderno de Pânico" agrupa uma série de reflexões sobre o tratamento dos problemas musicais contemporâneos; o "Caderno de Recortes" é uma colagem de fragmentos de jornais; por fim, o "Caderno de Ensaios" traz escritos mais recentes a fim de estabelecer um diálogo com os outros… Leia mais

O Caminho para a Música Nova reúne as dezesseis conferências do compositor austríaco Anton Webern realizadas em Viena nos anos de 1932 e 1933, e organizadas em livro por Willi Reich. Nelas, o compositor apresenta sua interpretação sobre o desenvolvimento da música ocidental e trata das características do serialismo ou dodecafonismo, que ampliariam as fronteiras das composições musicais no século XX. Cartas trocadas entre Webern e Reich entre 1938 e 1944, incluídas pelo crítico suíço ao final das conferências, ajudam a compreender melhor o processo de criação do compositor. Esta edição brasileira traduzida e comentada por Carlos Kater ainda apresenta uma relação das obras de Webern, uma análise gráfica do segundo movimento da Symphonie (Sinfonia), opus 21, composta por Webern em 1928, e uma bibliografia sobre o compositor e sua… Leia mais

A canção de ninar brasileira já foi objeto de estudo musical, etnográfico, folclórico, sociológico, psicanalítico; no âmbito poético-literário, porém, havia uma lacuna que este livro busca preencher. A autora analisa um vasto repertório de canções (reproduzidas no CD que acompanha a edição), desde aspectos formais até os contextos de sua gênese, levantando questões como as nuances entre produções populares e eruditas, entre o anonimato coletivo e a autoria no mercado fonográfico, entre o que é importado e o que é autêntico do Brasil. Para além de seu aspecto funcional, a canção de ninar é abordada como um dos primeiros objetos culturais a que o ser humano é exposto, sendo parte do ambiente cultural que cerca não só as famílias, os bebês e os agentes de saúde e educação envolvidos com o nascimento e o acompanhamento das crianças pequenas, mas a sociedade como um… Leia mais

As canções para voz e piano de Alberto Nepomuceno (1864-1920) são um dos mais importantes fundamentos da música brasileira do século XX, observa Dante Pignatari, o editor dessa seleção. Segundo ele, a trajetória delineada pelas canções de Nepomuceno revela um propósito claramente definido: a criação de uma música brasileira. A relação íntima que se estabelece entre texto e música numa canção faz com que o idioma inevitavelmente molde a melodia. Nepomuceno nacionaliza a música utilizando sistematicamente textos em português em suas canções, e nesse exercício vai flexionando as tradições musicais e cria o primeiro cancioneiro erudito brasileiro. Este volume oferece aos intérpretes e estudiosos da música brasileira uma edição moderna das canções para voz com acompanhamento de piano do compositor. Algumas canções são publicadas pela primeira vez, como Epitalâmio, extraída de manuscritos… Leia mais

Ao longo de seu trabalho com conjuntos vocais por mais de vinte anos, Baldur Liesenberg pôde desenvolver diversos exercícios para a prática vocal. Em formato de caderno de trabalho, este livro reúne exercícios que, elaborados pelo autor a partir de experiências em aulas coletivas e individuais, visam contribuir para o aprimoramento do canto coral. Cada capítulo apresenta orientações gerais e partituras para a execução da prática vocal e coral abordada, buscando, ao mesmo tempo, precisão, concisão e clareza. Liesenberg procurou equilibrar a racionalidade característica dos fundamentos da teoria musical com a inventividade indispensável à arte, convidando o leitor a apropriar-se dos exercícios e realizar transposições e adições de sílabas que julgar interessantes para a vocalização das linhas melódicas… Leia mais

O nome de Ivan Vilela está associado, no mundo dos que amam nossa música popular, a um extraordinário virtuose da viola caipira, que não só nos deu a conhecer a melhor tradição do seu instrumento como compôs melodias de beleza e vibração inesquecíveis. A obra que o leitor tem pela frente desvenda a outra face de Ivan Vilela: o solista e compositor comparece aqui como o intelectual que pensa a sua arte e a situa no contexto maior das culturas brasileiras como prefiro chamar a rede complexa de valores e formas vividas pelo nosso povo. Assim Alfredo Bosi apresenta o autor e o livro no prefácio de Cantando a Própria História. Ivan Vilela estuda a evolução da viola desde suas origens árabes e ibéricas até os dias atuais, detalhando aspectos técnicos do instrumento, a riqueza de variações, as afinações, para em seguida voltar seu olhar para o violeiro em seu processo de passagem da zona rural para a urbana. O livro é acompanhado do CD Paisagens, no qual o compositor executa músicas de sua autoria e de outros… Leia mais

Alberto Nepomuceno compôs cerca de setenta canções para voz e piano entre os anos de 1887 e 1920, as quais são importantes fundamentos da música brasileira do século XX. A trajetória delineada pelas canções do compositor revela o propósito claramente definido de criação de uma música brasileira, cujo principal vetor é a língua portuguesa e sua musicalidade intrínseca. Para Dante Pignatari, Nepomuceno valeu-se dessa musicalidade inerente ao idioma para flexionar a linguagem musical europeia e, assim, criar música brasileira. Esse processo de abrasileiramento da linguagem musical é, ao mesmo tempo, evidente à audição e extremamente elusivo. No livro, o autor inicialmente contextualiza a obra do compositor, analisando também sua formação intelectual, e a seguir examina exaustivamente suas canções em italiano, alemão e francês, dando ênfase às brasileiras nos capítulos finais da… Leia mais