Livros

O Escolar foi pintado por Van Gogh em 1888, e hoje pode ser apreciado no Museu de Arte de São Paulo Masp. O retrato representa Camille Roulin, filho do carteiro da cidade de Arles, no sul da França, onde o pintor residia na época. Traz as cores intensas e contrastantes pelas quais o artista ficou conhecido e mostra que, para ele, pintar um retrato não era somente um meio de representar um modelo, mas também de autoexpressão e um modo de interpretar, por meio das cores, a realidade que via. O quadro chegou no Brasil em 1952, juntamente com outras obras, e foi recebido com festa em Salvador, antes de ser integrado ao acervo do Masp. Neste segundo volume da coleção Prismas, Felipe Martinez retoma a recepção do quadro no Brasil e em seguida mostra como se deu a evolução cromática de Van Gogh, sua paixão por retratar trabalhadores e camponeses, e mesmo a proveniência do quadro até ser recebido em Salvador.Confira entrevista com o coordenador da coleção… Leia mais

Hélio Oiticica sempre se referiu à sua atividade como um programa in progress. Desde a sua proposição de “morte da pintura” à “antiarte” e nas manifestações ambientais, seu programa adensou-se dos anos de envolvimento com o neoconcretismo até sua ideia de um “além da arte”. A conceituação do ambiental, já indiciada em escritos do diário desde os inícios dos anos 1960, levou-o a uma sequência de propostas de abertura estrutural até a proposição da “ambientação”. Celso Favareto e Paula Braga, estudiosos da obra de Oiticica há vários anos, analisam neste novo volume da Coleção Prismas as Manifestações Ambientais, nas quais o artista propõe um outro espaço estético de ações e comportamentos, que supõe a destruição das formas de evidenciação da pintura, mantendo dela, apenas, a possibilidade de fundação de relações estruturais que abriguem “novos sentidos de espaço e tempo”..Confira entrevista com os… Leia mais

A obra Más Notícias, de Rodolfo Amoedo, datada de 1895, fez parte da Segunda Exposição Geral da Escola Nacional de Belas-Artes, e hoje se encontra no Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Neste livro, Sonia Gomes Pereira se propõe a analisar a pintura e, através dela, apontar os caminhos artísticos que se apresentavam a Amoedo assim como a seus contemporâneos pintores no ambiente artístico brasileiro do final do século XIX. Para a autora, a confrontação é uma ferramenta fecunda na análise de uma obra de arte, e a comparação desta obra com outras de pintores contemporâneos e do próprio Rodolfo Amoedo revelou a potência deste quadro. O livro inaugura a coleção Prismas, dedicada a publicar estudos aprofundados de uma obra de arte, nacional ou internacional, pertencentes às coleções brasileiras, escritos por grandes especialistas.Confira entrevista com o coordenador da coleção… Leia mais

A escultura esteve presente em toda a trajetória artística de Edgar Degas, ainda que, em vida, ele tenha exposto apenas uma obra original, esculpida em cera: A Pequena Bailarina de 14 Anos, objeto central deste volume. É notável como a recepção da crítica e do público na Exposição dos Impressionistas, em 1881, contrapõe-se absolutamente à imagem de mero bibelô que perdurou desta obra. Degas era frequentador assíduo da Ópera de Paris, cenário privilegiado para o estudo do movimento, essência de sua obra escultórica. Suas meninas-bailarinas foram desenhadas e esculpidas sob essa perspectiva. Neste livro, Ana Gonçalves Magalhães explora esta concepção de escultura no contexto do impressionismo francês e em contraponto com escultores contemporâneos, como Auguste Rodin, Jules Dalou e Medardo Rosso.Confira entrevista com o coordenador da coleção… Leia mais

Vinte e quatro obras do pintor, desenhista, gravurista e escultor Hélio Cabral são o centro das análises do professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e conceituado crítico de arte Leon Kossovitch. As composições em evidência são pinturas branca e preta do artista plástico, que são reproduzidas no livro entre a erudita prosa de Kossovitch. Textos latinos e gregos traduzidos, assim como comentários, são mobilizados para a maior compreensão da produção de Cabral, cuja análise parte de conceitos do campo psicanalítico e suas extensões. No livro, Kossovitch ressalta a maneira como fantasia e fantasma se apresentam como par dominante na pintura branca e preta de Cabral, e pontua como a esse par corresponde o da visualidade e o da visionariedade, trabalhando esses e outros conceitos em profundidade ao longo de suas… Leia mais

Para uma exposição em comemoração ao centenário de Amilcar de Castro (1920-2002), foi trazida para o Museu Brasileiro da Escultura e da Ecologia (MuBE), em São Paulo, uma escultura de dimensões superlativas: 16 metros de altura, 4 metros de largura, 5 centímetros de espessura e 27 toneladas, um dos raros trabalhos do artista com tais dimensões. A peça foi feita pelo artista em 1999, por encomenda da Universidade de Uberaba, onde ficava antes de vir para o MuBE em 2021. Seu caráter singular a dimensão, o diálogo que estabelece com o entorno, os sentidos que adquire nos diferentes locais em que foi instalada, o que ela diz da trajetória de Amilcar, da fase final de sua carreira e de seu papel como artista construtivo fez dela o objeto de eleição deste ensaio que examina o legado de um criador de tão grande importância para a arte brasileira.Confira entrevista com o coordenador da coleção… Leia mais