O setor terciário tem particularidades quanto ao emprego de mão-de-obra, concentrando uma parcela significativa de mulheres em seus quadros. A análise das relações de gênero, especificamente no sistema financeiro em São Paulo, é o objeto desse estudo, em que Liliana Segnini investiga como as mudanças tecnológicas e de gestão do trabalho se integraram com as relações de gênero, nessa que é considerada uma “ilha” setorial de modernidade no país. A autora mostra ainda como as mulheres foram submetidas às novas formas de intensificação do trabalho e como, ao ocuparem postos de chefia nos bancos, especialmente nos níveis intermediários, continuam a vivenciar os papéis tradicionais que sempre lhes foram atribuídos no interior do espaço privado doméstico.