Alceu Amoroso Lima teve inúmeras faces de crítico literário, crítico cultural, professor, ensaísta, teólogo, entre outras mas a opção de Leandro Garcia Rodrigues neste livro foi a de analisá-lo na sua relação com a religião e com a vida literária, destacando seu papel de crítico do modernismo brasileiro. Inicialmente, o autor analisa a relação de Alceu com a fé religiosa, contextualiza a atuação da Igreja católica no país e sua inserção no meio cultural brasileiro. A seguir, o livro destaca a participação de Alceu Amoroso Lima na vida literária do país e sua relação com a crítica literária católica. Finalizando a obra, o capítulo Tensões Modernistas traz uma abordagem revisionista do processo modernista brasileiro sob a óptica do crítico, no qual Leandro procura comparar as experiências modernistas do Rio de Janeiro e de São Paulo e mostrar as diversas tendências do movimento entre… Leia mais
Este livro destina-se tanto a iniciantes quanto a especialistas no pensamento de Baruch Espinosa (1632-1677), bem como aos estudiosos das ciências humanas em geral. Marcos Ferreira de Paula explora a maneira engenhosa como a filosofia espinosana faz da alegria um instrumento essencial para a construção da liberdade humana tanto na ética quanto na política. A experiência como participante do Grupo de Estudos Espinosanos da USP na tradução do texto latino de Ética, de Espinosa, contribuiu de forma significativa para a interpretação dos conceitos de alegria e felicidade, que agora apresenta ao leitor. Os escritos de Marilena Chaui, Giles Deleuze e Laurent Bove sobre Espinosa também são utilizados como referências fundamentais para expor a ontologia… Leia mais
Os ensaios que compõem este livro, escritos por Cleusa Rios Passos em momentos diferentes e agora reunidos para esta publicação, têm em comum o objetivo de verificar a presença e a transmutação de conceitos e procedimentos psicanalíticos em textos da prosa, da canção popular e do teatro da literatura brasileira. Os textos analisam autores como Machado de Assis, Chico Buarque, Oswald de Andrade, Drummond, Murilo Mendes, Cecília Meireles e Clarice Lispector, sempre sob a perspectiva da crítica literária. Segundo a autora, a leitura se apoia no que considera subsídios psicanalíticos para a interpretação literária, enfatizando que não pretende reduzir o literário a exemplos da psicanálise, e observando os limites entre os dois campos, evitando que um sirva de mera ilustração do outro, para, isto sim, estabelecerem confluências entre… Leia mais
Márcio Santos revela, neste livro, o processo por meio do qual grupos sertanistas de São Paulo abandonaram a tradicional mobilidade associada aos paulistas para se estabelecerem como criadores de gado no remoto sertão do São Francisco. Instabilidade e mobilidade eram características comumente associadas pelos historiadores da primeira metade do século XX à circulação dos paulistas pelo interior da América portuguesa. Entretanto, o autor nos mostra que esses paulistas tinham a intenção de se enraizarem, e que o processo de conquista e expansão do território esteve relacionado às dificuldades de acesso à terra que encontravam em São Paulo. Outro aspecto importante da pesquisa do autor é o de revelar o processo de povoamento nas regiões não mineradoras, focalizando especificamente as cidades do Norte e Noroeste mineiros, como São Romão, Januária e Montes… Leia mais
Sítio arqueológico da história da escravidão negra brasileira, o bairro rural de Ivaporunduva, localizado no Vale do Ribeira de Iguape, interior paulista, é considerado hoje uma comunidade remanescente de quilombos formados entre os séculos XVII e XVIII. Num movimento de resistência, os habitantes isolaram-se no local para fugir da discriminação e evitar a desagregação do grupo que permaneceu pobre e anônimo. Recentes incentivos para o desenvolvimento da região não conseguiram acabar com a precariedade das condições de vida da comunidade de caipiras negros e com as diferenças de classe significativas no vale. Neste livro, Renato da Silva Queiroz apresenta, com rigor e precisão, um estudo da situação socioeconômica desse grupo formado majoritariamente por negros católicos, preenchendo a lacuna bibliográfica provocada pela quase ausência de trabalhos acadêmicos sobre a população negra brasileira em ambiente… Leia mais
Este livro é um estudo sobre a dissimulação honesta e outras artes de fingir como as denomina o próprio Torquato Accetto, secretário de palácio que viveu no final do século XVI e início do XVII em Andria, costa leste do reino de Nápoles. Inicialmente, traz elementos sobre o ofício de secretário de palácio, propiciando o reconhecimento de prováveis pressupostos intelectuais de Accetto. O segundo capítulo incide sobre o Della Dissimulazione Onesta, buscando dar conta da estrutura e dos recursos argumentativos de sua composição. Em seguida demonstra o fundamento aristotélico da dissimulação honesta com base no argumento-chave de sua defesa: a aceitação da ironia socrática como hábito virtuoso frente à afetação do saber. Traz também argumentos para ilustrar o valor da dissimulação no âmbito da ação governativa e, finalmente, retoma o tratamento da matéria por Accetto, iniciando com questões gerais relativas à sua… Leia mais
Blaise Pascal (1632-1662), autor de Pensées, um dos clássicos da literatura francesa, é conhecido por múltiplas qualidades: filósofo, teólogo, físico e geômetra. Ao longo deste livro, Pondé explora aspectos bastante importantes de sua obra: o reconhecimento dos limites da razão e o lugar da ciência num mundo que, do ponto de vista da filosofia teológica pascaliana, caiu em desgraça. Pondé entrega-se à reflexão em diferentes campos do conhecimento ao discutir a obra de Pascal, atentando para as colocações antropológicas, epistemológicas e teológicas nela presentes, permitindo ao leitor a compreensão em toda a sua atualidade. Todos aqueles que buscam um referencial sólido para esses debates encontrarão em Conhecimento na Desgraça uma perspectiva instigante, a qual possibilita a abordagem da ciência, do conhecimento e da ideia de natureza de maneira crítica e refinada, tanto por meio dos argumentos pascalianos como pelos comentários de Pondé, que contribui para a formação de uma visão crítica de… Leia mais
Este livro reúne resenhas, notícias e ensaios divulgados em periódicos do Rio de Janeiro por ocasião do lançamento de obras de Cruz e Sousa no período de 1893 a 1905. Parte desses textos publica-se em livro pela primeira vez. Na introdução, o autor detalha, a partir do estudo de fontes primárias, a trajetória do poeta negro no Rio de Janeiro, onde obteve, de início, êxitos literários notáveis, mas, ao aliar-se a determinado grupo de jovens escritores, viu estreitarem-se as oportunidades de trabalho e divulgação de seus textos, vindo a morrer em situação de pobreza. Após sua morte, sua memória e sua obra continuaram por vários anos a ser alvo de discussões entre intelectuais cariocas. Para alguns, como Artur de Miranda e Luís Guimarães Filho, tinha sido um gênio, e talvez pudesse ser considerado o maior poeta brasileiro de todos os tempos (Sílvio Romero). Para outros, nunca passou de poeta incompleto, que se frustrara ao pagar pesado tributo à sua ascendência africana (Araripe… Leia mais
Desde sua primeira edição, em 1933, este livro tornou-se referência para a compreensão da poesia moderna, ao percorrer as diversas correntes da literatura francesa a partir do simbolismo, chegando até o surrealismo, do qual o crítico acompanhou de perto o surgimento, colocando-se como um de seus observadores mais argutos. Numa prosa que mesmo na minúcia analítica nunca perde a vivacidade, Raymond recupera as propostas das escolas e movimentos literários do período, estudando a produção de vários poetas, dos mais obscuros a nomes como Laforgue, Valéry, Apollinaire, Eluard, Max Jacob ou Reverdy, com destaque para Baudelaire, Rimbaud e Mallarmé, considerados como as três fontes principais da moderna tradição francesa que fecha seu ciclo com a Segunda… Leia mais
Mikhail Bakhtin marcou uma renovação nos estudos linguísticos e literários do Ocidente depois que suas ideias ultrapassaram as fronteiras da Rússia, a partir da década de 1970. Na multiplicidade de temas estudados em sua obra a sátira menipeia, a cultura popular medieval, o romance moderno ou escritores como Rabelais e Dostoiévski é possível localizar uma mesma questão de base que ele chamou de dialogismo. Trata-se do princípio de que todo enunciado linguístico se fundamenta sobre um diálogo implícito com outros enunciados, postulado cujo desdobramento teve consequências teóricas fecundas, gerando conceitos paralelos como os de polifonia e carnavalização. Reunindo ensaios de vários pesquisadores, esta coletânea coloca-se na esteira das reflexões de Bakhtin, aprofundando aspectos mais obscuros de sua teoria ou procurando desenvolvê-la na aplicação a novos objetos de… Leia mais
A Edusp, o Centro Ibero-Americano e o Santander Universidades convidam todos ao lançamento do livro “Europa e América Latina: A Convergência Necessária
Aproximadamente um quarto da população brasileira está acima do peso, e estudos indicam que a causa é o crescimento da oferta de produtos de baixa qualidade