Os textos de Osman Lins apresentam-se ao leitor como objetos artesanais que trazem em si características sinestésicas; com uma linguagem mística e simbólica, estampa, exuberantemente, nas formas, cores e texturas, seus angustiantes perfis humanos, como bem observa Ermelinda Ferreira neste ensaio. Interessada nas relações intersemióticas entre literatura e imagem, a autora procura analisar a personagem osmaniana estudando sua composição fragmentária, uma tentativa de exploração dos limites da literatura e da pintura, da mensagem e da imagem. Dessa forma, pretende chamar a atenção para as relações intersemióticas da obra de Osman Lins com técnicas específicas utilizadas na literatura, na pintura e na música medievais e barrocas, um campo de investigação ainda insuficientemente explorado.

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