Quem se importa com os cidadãos? A questão abre a discussão travada por Néstor García Canclini sobre cidadania e descidadanização em "um lugar onde houve direitos e agora há perplexidade: o dos cidadãos no capitalismo global e eletrônico". Neste ensaio, busca "detectar os dilemas críticos das ações cidadãs, de sua potência ou frustrações, e dos procedimentos com que os estudamos e interpretamos a fim de explorar as mudanças de sentido civilizatório". Atento aos processos e acontecimentos da América Latina e do mundo que afetam os cidadãos, Canclini oferece uma leitura importante dos eventos políticos e sociais recentes. Originalmente publicado em espanhol em 2019, Cidadãos Substituídos por Algoritmos foi atualizado pelo autor, incluindo novos trechos com análises das mudanças trazidas pela pandemia de Covid-19 e que remetem o debate aos dados e reflexões trazidos pela catástrofe de… Leia mais

Como entender o encontro do artesanato indígena com catálogos de arte de vanguarda sobre a mesa da televisão? Em busca de uma resposta a essa indagação emblemática, Néstor Canclini analisa a cultura nos países da América Latina levando em conta a complexidade de relações que a configuram na atualidade: as tradições culturais coexistem com a modernidade que ainda não terminou de chegar por aqui. Neste livro, são apresentadas suas reflexões sobre o fenômeno da hibridação cultural nos países latino-americanos, procurando compreender o intenso diálogo entre a cultura erudita, a popular e a de massas, e sua inserção no cenário mundial. Para empreender a análise, Canclini lança mão de uma abordagem interdisciplinar e de um tratamento intercultural do tema, cumprindo sua tarefa com notável… Leia mais

Primeiro pesquisador estrangeiro da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, Néstor García Canclini assumiu a titularidade em 2020, em plena pandemia de Covid-19, e os encontros aconteceram de forma remota em torno do tema A institucionalidade da cultura e as mudanças socioculturais. Para a cultura, as consequências da pandemia foram desastrosas, e a discussão sobre as transformações nas relações entre artistas, instituições, trabalhadores da cultura e público norteou os trabalhos. Questões como a irrupção das redes digitais, que alteram a comunicação entre criadores e receptores, e as decorrências da pandemia nas áreas de cultura, com centenas de milhares sem trabalho, cinemas, teatros e centros comunitários fechados, foram alguns dos temas analisados. Os resultados desta pesquisa documental e etnográfica, que tem o Brasil e o México como marcos de referência latino-americanos, forneceu visões macrossociais, locais e íntimas, e são apresentados neste… Leia mais

Nesta obra, Néstor García Canclini combina diversos gêneros, reflexões e temas para analisar as migrações e outras formas de estraneidade, como as que experimentamos diante das inovações da comunicação por meio de redes digitais, as mudanças na vida pública operadas pela videopolítica e a espionagem da vida privada. O autor dialoga com pesquisadores de várias áreas, com escritores e artistas, para mostrar o contraste entre os diferentes modos pelos quais aprendemos nas pesquisas, nos ensaios literários e na experimentação estética, e, com uma etnografia dos congressos científicos, explora, também, como se produz o conhecimento e como ele é comunicado e utilizado. Canclini examina, ainda, as intersecções entre fenômenos sociais que são, em geral, estudados separadamente, como a corrupção da democracia, as crises urbanas e a geopolítica das artes e dos meios de comunicação. Livro digital… Leia mais

Na ausência de relatos totalizadores, o que fazer com aquilo para o que não encontramos respostas? Como nos colocar à altura do que pode acontecer? Como pensar uma antropologia e uma estética da iminência em uma sociedade sem relato? Estas questões dão a dimensão da potência da busca analítica proposta por Néstor García Canclini. É no entrecruzamento das práticas e teorias sociais com o trabalho artístico e as teorias estéticas que o autor empreende uma nova cartografia da percepção e da sensibilidade, interrogando vigorosamente as condições de produção da arte na contemporaneidade, os meios de compreendê-la e as nossas práticas. Desprovida de um relato totalizador, a sociedade é então interpelada desde a iminência pelos artistas, desafiando os consensos apaziguadores da filosofia e da antropologia sobre os muitos modos como nos agrupamos e conduzimos além daqueles pelos quais as ciências procuram conhecer e abarcar o que no presente não cessa de nos… Leia mais