A Voz do Autor com Madalena Natsuko Hashimoto Cordaro

Entrevista com Madalena Natsuko, autora de "A Erótica Japonesa na Pintura & na Escrita...", ganhador do Prêmio ABEU 2018 na categoria "Linguística, Letras e Artes"

13/01/2019

Em ABEU

Por ABEU

Em novembro de 2018 aconteceu a cerimônia de entrega da 4ª edição do Prêmio ABEU. Agora, dois meses depois, para inaugurar a coluna A Voz do Autor em 2019, vamos dar início a uma série de entrevistas com os vencedores da premiação. E para começar essa empreitada, conversamos primeiro com Madalena Natsuko Hashimoto Cordaro, autora dos dois grandes volumes de A Erótica Japonesa na Pintura & Escritura dos Séculos XVII a XIX, publicado pela Edusp e ganhador nas categorias “Linguística, Letras e Artes” e “Projeto Gráfico”.

A obra, como o título aponta, resgata o grande volume de gravuras e textos eróticos, entre poemas, contos e diálogos, produzido no Japão entre anos de 1700 e 1900. Trata-se de um belo exemplar de livro de arte, fruto de uma pesquisa que durou mais de 13 anos, além de mais 5 para confecção da publicação pela Edusp. Madalena Natsuko, que é graduada em Licenciatura em Educação Artística com Habilitação em Artes e em Língua e Literatura Japonesa pela Universidade de São Paulo, tem ainda mestrado em Artes pela Washington University e doutorado em Filosofia (Estética) pela Universidade de São Paulo. Na entrevista a autora comenta sobre os tabus que envolvem a arte erótica, o processo de seleção de material para os dois volumes do livro e a importância do reconhecimento pelo Prêmio ABEU.

1) Para começar, poderia explicar por que devemos estudarmos a arte erótica? O que ela pode nos ensinar sobre costumes, culturas, práticas e técnicas gráficas? E por que colocar em evidência a arte erótica japonesa? O que ela nos traz de peculiar que a torna um valioso objeto de análise?

Até a década de 1990, estudos sobre a erótica japonesa eram raros mesmo em seu país de origem. Com os estudos feministas, culturais e de gênero, novas abordagens se tornaram mais frequentes entre os pesquisadores e pensadores ocidentais, com ênfase nos escritos de Michel Foucault, que apontou seu próprio desconhecimento sobre as expressões eróticas da Índia e do Japão, embora fossem elas celebradas em certos âmbitos mais secretos (“bibliotecas de infernos”, “livros de segundas prateleiras”).

Evidenciei a erótica japonesa pela forte presença que teve nos séculos XVII a XIX, quando da propagação editorial centrada na reprodução xilográfica, embora esta já se encontrasse presente desde tempos antigos. Em oposição a usos e costumes ocidentais, a representação erótica japonesa resulta em uma amostragem múltipla de extratos sociais e retóricas visuais e poéticas de interesse principalmente no tocante às diferenças de valores aceitos. Diferentemente da erótica chinesa, a japonesa alcança níveis de expressão mais abrangentes e uma imaginação quase surreal em situações de reinterpretação de sua tradição.

[…]

Leia a entrevista original na íntegra em A VOZ DO AUTOR – ABEU

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