O livro analisa o processo de estabelecimento do Monumento à Independência como “lugar de memória” da emancipação política brasileira. Criado no contexto das comemorações do centenário da Independência, o monumento tornou-se elemento central dos festejos paulistas e revelou-se como um projeto de afirmação da cidade de São Paulo como centro simbólico do país, num embate evidente com a cidade do Rio de Janeiro na criação de uma história oficial brasileira. A trajetória dessa obra é reconstituída, desde as primeiras intenções de edificação de um monumento no Ipiranga, ocorridas no período imperial brasileiro, até a inauguração do que ali se fez, em 1923.