Este livro analisa a configuração de formas discursivas no Rio de Janeiro à época da Independência do Brasil. Com base na imprensa periódica e panfletária do período, investiga o processo de temporalização de discursos políticos e suas implicações nas relações entre as experiências do tempo histórico e a consecução da mudança política. Para tanto, se volta para o estudo de conceitos, linguagens, metáforas e expressões conformadoras de uma tessitura linguística na qual o tempo histórico era o eixo de performances discursivas atuantes no processo de Independência. Assim, a partir dos elementos em questão, defende a tese de que a temporalização dos discursos políticos se articula, bem como se retroalimenta de uma nova dinâmica histórica, na qual, entre fins do século XVIII e início do século XIX, um espaço de experiência revolucionário moderno vinha sendo formado.