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Apresentando o texto original da edição de 1893 em fac-símile e com encadernação artesanal, esta edição é comemorativa dos cem anos do aparecimento da obra que deu início ao Simbolismo no Brasil. À exceção de Silvio Romero, que o chamou de “o rei da poesia sugestiva”, Cruz e Sousa foi incompreendido por quase todos os críticos de sua época, devido à novidade da estranha música de sua poesia, seguidora da vanguarda francesa representada então por Rimbaud, Verlaine e Mallarmé, enfrentando também o preconceito racial. Como assinala Ivan Teixeira no estudo que apresenta o volume, “Broqueis” é a obra instauradora da sensibilidade contemporânea em nossa poesia, ao divergir da norma parnasiana e eleger a invenção lingüística e a consciência formal como suportes da… Leia mais

O objetivo da Coleção Multiclássicos é oferecer edições confiáveis de autores essenciais na cultura do país, com ênfase em literatura e história, apresentados em edições com apurado rigor editorial. Os volumes têm entre três e seis obras, cada uma delas antecedida por um estudo particular, com a relação histórica de suas edições e os respectivos critérios editoriais, acompanhados de glossário. O primeiro da série Épicos apresenta os textos mais importantes nas transformações dessa modalidade de narrativa no Brasil: Prosopopéia, de Bento Teixeira, O Uraguai, de Basílio da Gama, Caramuru, de Frei José de Santa Rita Durão, Vila Rica, de Cláudio Manuel da Costa, A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães, e I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias. A introdução geral foi elaborada por João Adolfo Hansen, e os demais colaboradores, por ordem de aparecimento, são: Marcello Moreira, Berty Biron, Eliana Scotti Muzzi, João Adalberto Campato Júnior e Paulo… Leia mais

Ao ser publicado, em 1769, O Uraguay de Basílio da Gama celebrava o despotismo esclarecido do poderoso marquês de Pombal. Uma das primeiras edições brasileiras do texto substitui o soneto introdutório, originalmente dedicado a Pombal, por outro sobre Tupac Amaru, o inca símbolo da emancipação de países andinos, inventando um Basílio da Gama arauto do nacional. Em edições seguintes, alterações do poema produziram defeitos que foram naturalizados e reiterados pela maior parte da crítica posterior. O autor faz aqui uma minuciosa revisão genealógica e documental das categorias e juízos críticos equivocadamente utilizados desde o século XIX nas apropriações da obra de Basílio, produzindo ao mesmo tempo um ensaio de fôlego sobre os princípios da poética… Leia mais

O segundo volume da Coleção Multiclássicos, apresentado em 2 tomos, dedica-se ao romance naturalista brasileiro. O volume apresenta o texto integral de alguns das mais importantes obras desse gênero publicadas no final do século XIX: O Ateneu, de Raul Pompéia; O Homem e O Cortiço, ambos de Aluísio Azevedo; A Carne, de Júlio Ribeiro; Bom-Crioulo, de Adolfo Caminha; e O Missionário, de Inglês de Souza. Os romances são acompanhados de análises de especialistas do organizador Ivan Teixeira, e de Sergio Paulo Rouanet, Luís Bueno, Orna Messer Levin, Tâmis Parron e Marcelo Bulhões, respectivamente convidados a discorrer sobre a obra no momento de sua publicação e ao longo da história da leitura, além da contribuição de Paulo Franchetti que assina o estudo introdutório sobre o movimento no… Leia mais

Durante décadas, a fonte quase exclusiva para a leitura da obra de Basílio da Gama foi a edição de 1920 da Livraria Garnier, compilada por José Norberto e José Veríssimo. Em função, entretanto, de erros de toda espécie presentes naquela edição, Ivan Teixeira recorreu às primeiras publicações dos poemas, geralmente em folhas avulsas de difícil acesso, às vezes manuscritos do século XVIII, para o estabelecimento do texto desta edição crítica, que conta ainda com diversas reproduções fac-similares das fontes primárias empregadas. Além de seu ensaio Epopeia e Modernidade em Basílio da Gama o organizador incluiu no volume outros estudos críticos sobre o poeta d O Uraguay, de autores como José Veríssimo, Eugênio Gomes e Antonio… Leia mais