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Os negros da Bahia conservaram crenças, um ritual e, em certa medida, um vocabulário de origem africana, da Nigéria (iorubá) e do Daomé (jeje). Uma comparação entre culturas só poderia ser feita por um pesquisador que as conhecesse em profundidade, tarefa que Pierre Verger executou com maestria: conheceu o culto aos orixás na Bahia – onde foi pai de santo – e coletou material para comparação em várias viagens à África. Neste estudo pioneiro sobre o tema, a classificação e a ordem de apresentação dos deuses africanos segue aproximadamente aquela da apresentação nos terreiros da Bahia. As transcrições do iorubá foram feitas de acordo com convenções já consagradas, apresentadas aqui numa chave de transcrição e de pronúncia. As notas são acompanhadas de fotos de Pierre Verger, pertencentes ao acervo da fundação que leva seu nome.
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